20 de Novembro, 2025 09h11mMeio Ambiente por Rádio Agência Nacional

COP30 traz discussões sobre restauração de terras degradadas

No final da COP30, em Belém, no Pará, essa quarta-feira (19/11) foi dia de construir melhores práticas agrícolas e sistemas alimentares. O dia também apresentou caminhos para restaurar terras degradadas e fortalecer a agricultura familiar. O Brasil lançou a iniciativa global de "Investimento em Agricultura Resiliente", junto com outros nove países, para acelerar o financiamento e o uso de tecnologias, e recuperar áreas agrícolas degradadas em todo o mundo

No final da COP30, em Belém, no Pará, essa quarta-feira (19/11) foi dia de construir melhores práticas agrícolas e sistemas alimentares. O dia também apresentou caminhos para restaurar terras degradadas e fortalecer a agricultura familiar.

O Brasil lançou a iniciativa global de "Investimento em Agricultura Resiliente", junto com outros nove países, para acelerar o financiamento e o uso de tecnologias, e recuperar áreas agrícolas degradadas em todo o mundo. Se apenas 10% dessas terras fossem recuperadas, poderiam render 44 milhões de toneladas de alimentos a mais por ano.

Outro importante momento, nessa quarta, foi a reunião de Alto Nível, que celebrou os 117 "Planos para Acelerar Soluções". O evento destacou a implementação da Agenda Global de Ação Climática, reforçando as principais conquistas dos últimos anos, assim como destas duas semanas de negociação.

Na coletiva de imprensa, na noite dessa quarta, o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, disse que as negociações continuam, mas esta COP já criou documentos que permitem implementar muitas ações necessárias para combater a mudança do clima.

“Então ficou muito claro essa transição entre as COPs para negociação, que continuarão a ser absolutamente essenciais para as negociações, mas também a COP que criou os documentos que já permitem que nós possamos implementar muitas das coisas que são necessárias para combater a mudança do clima.”

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Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, comentou o chamado "Mapa do Caminho", proposto pelo Brasil para afastar a dependência dos combustíveis fósseis.

“Todos tinham perguntas, mas tenho certeza que tivemos boas respostas. Não respostas definitivas, mas respostas processuais no sentido de que o Mapa do Caminho é a possibilidade de que países desenvolvidos ou em desenvolvimento possam estabelecer suas trajetórias da melhor forma possível.”

Na pauta desta quinta-feira (20/11) será discutida a "Ação Climática centrada nas pessoas", reconhecendo o papel das mulheres e meninas de descendência africana; "Soluções Climáticas Sensíveis à Raça" e igualdade de etnias. No final do dia, deverá ser anunciado um "Balanço Geral da COP30", e os próximos passos da discussão a serem determinados.  

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