
Na última reunião ministerial do ano, o presidente Lula deu o recado: 2026 será o ano da verdade, quando ministros e partidos deverão definir de qual lado estarão. O motivo, as eleições de outubro.
"E o ano que vem é o ano em que a gente tem a oportunidade, não só porque estaremos em disputa, mas porque cada ministro, cada partido que vocês participam vai ter que estar no processo eleitoral e vai ter que se definir e de que lado tá. Será inexorável as pessoas terem que ir se, sabe, definindo, sabe, e definindo o discurso do que vão fazer. Eles vão ter que defender aquilo que ele acha que pode eleger."
Lula ainda admitiu que o governo não conseguiu construir uma narrativa correta para a população e que a polarização política atrapalha.
"Também é importante que a gente tenha a noção de que nós precisamos fazer com que o povo saiba o que é aconteceu nesse país. Eu tenho a impressão de que o povo ainda não sabe. Eu tenho a impressão de que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram nesse país."
O presidente ainda brincou com os ministros, disse que vai ficar feliz com aqueles que tiverem de se afastar para concorrer, mas que, por favor, ganhem o cargo que disputarem. Nessa reunião, que ocorreu no Palácio da Alvorada, o presidente fez um pequeno balanço do ano.
Disse que vivemos um bom momento econômico e comemorou a aprovação de propostas importantes, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês e a revisão dos benefícios fiscais aprovada nessa terça-feira pela Câmara e que será votada no Senado.
"Tudo aquilo que teoricamente os analistas políticos achavam impossível acontecer num governo que tinha menos de 120 deputados numa Câmara de 513 e num governo que tinha 14 ou 15 senadores no Senado 31, aconteceu. Aconteceu pela persistência de cada um de vocês. Aconteceu pela capacidade de conversa que vocês tiveram, pela capacidade de argumentação."
Isso tudo, segundo Lula, pela capacidade de diálogo, de conversa, de argumentação. E ele completou: chegou a falar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o assunto. Lula afirmou o que disse a Trump: “É mais barato e menos sofrível conversar do que fazer guerra. Isso evita muita confusão na vida dos países”.
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