28 de Agosto, 2025 12h08mMeio Ambiente por Rádio Agência Nacional

Ministro aponta saneamento como maior desafio ambiental da Amazônia

A Amazônia recicla menos de 3% dos resíduos sólidos gerados, fazendo com que a escassez de saneamento e de tratamento de resíduos seja o maior problema ambiental da região. É o que afirmou, nesta quinta-feira (28), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. "A Amazônia não recicla nem 3% de todo o resíduo sólido que produz. No Amapá nós partimos de 1%, então nós precisamos empreender uma cultura mais forte, institucionalizada mesmo e empreendedora, considerando os resíduos sólidos

A Amazônia recicla menos de 3% dos resíduos sólidos gerados, fazendo com que a escassez de saneamento e de tratamento de resíduos seja o maior problema ambiental da região. É o que afirmou, nesta quinta-feira (28), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

"A Amazônia não recicla nem 3% de todo o resíduo sólido que produz. No Amapá nós partimos de 1%, então nós precisamos empreender uma cultura mais forte, institucionalizada mesmo e empreendedora, considerando os resíduos sólidos. Tendem a olhar sempre por uma árvore que foi suprimida, por um garimpo ilegal que está acontecendo, por uma queima que está acontecendo. E eu sempre disse que não é esse o principal problema ambiental da Amazônia. O principal problema da Amazônia ambiental é a parte do saneamento e resíduo sólido. Nós temos uma das menores coberturas de saneamento e de tratamento de resíduo sólido do país".

A informação foi dada durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da EBC. Ao conversar com jornalistas de rádios de todo o país, Waldez Góes citou o Atlas de Territórios Brasileiros para Parcerias Público-Privadas de Manejo de Resíduos Sólidos, lançado na última segunda-feira (25) pela pasta.

O ministro também falou sobre as relações comerciais entre Brasil e China. E anunciou que, no próximo sábado (30), chega ao Amapá o primeiro navio vindo do país asiático, pela rota marítima recém-criada entre a região da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau e o Porto de Santana das Docas, no Amapá.

"Nós articulamos, né, com a embaixada chinesa. Inclusive, o Ministério tem três memorandos de cooperação com o governo chinês e um deles é no desenvolvimento regional, que trata prioritariamente dos produtos da biodiversidade, né, e também da logística. Então, a rota Zurrai-Santana está dentro dessa estratégia. E daí para frente, vai da nossa capacidade da região amazônica, articular produtos de interesse da China. O Brasil continua exportando muita soja, café, ferro para China, mas a ideia é ampliar esta relação de produtos".

Ainda durante o Bom Dia, Ministro, o titular da Integração e do Desenvolvimento Regional comentou sobre o programa AgroAmigo, que presta apoio financeiro aos pequenos produtores. A iniciativa, que já existia no Nordeste, agora chega à agricultura familiar do Norte e do Centro-Oeste. O ministro Waldez Góes destacou que o programa busca evitar perdas entre produtores de cidades que acabam ficando isoladas, na Amazônia, devido à baixa dos rios, causada pela estiagem.

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"No caso da estiagem, a Amazônia ela tem benefícios um pouco maiores, olhando exatamente isso. Então quando o governo diz que vai ter 40% de rebatimento, de desconto no empréstimo, olhando as distância, é olhando o fato de uma dificuldade maior porque teve uma estiagem. Então, a política já traz os cuidados com esse que tem mais dificuldade. Organizado através de cooperativas e associações, os pescadores, agricultores, extrativistas, jovens, mulheres, proprietários, se organize sempre em cooperativas e fique atentos aos programas de aquisição de alimento e o PNAE da merenda escolar".

Waldez Góes também destacou a importância da agricultura familiar, alvo do programa AgroAmigo, para garantir alimentos na mesa dos brasileiros.

"Os maiores produtores do Brasil, pouco vendem no Brasil. Tudo é produto de exportação. Quem produz o alimento básico para colocar na mesa dos brasileiros é a agricultura familiar. É o pescador artesanal, o agricultor, é o extrativista, em termos gerais, né, o consumidor parece que não tem isso muito claro".

O ministro da Integração citou, ainda, um novo acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria, em busca de incentivar a industrialização da Amazônia. A região, segundo Waldez, tem potencial para a produção de fármacos, por exemplo, mas atualmente “só fornece matéria-prima”.

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