
O carioca Pixinguinha e o gaúcho Lupicínio Rodrigues são oficialmente patronos da Música Popular Brasileira. A lei que oficializa a homenagem foi sancionada nesta sexta-feira pelo presidente Lula. O título de patrono é dado a brasileiros mortos há pelo menos 10 anos que se destacaram por excepcional contribuição ou especial dedicação a um segmento, neste caso, a música.
Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido pelo apelido Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de maio de 1897 e foi um dos pioneiros do chorinho, gênero tradicional que surgiu no Brasil. Maestro, arranjador, flautista e saxofonista, Pixinguinha uniu as influências do jazz estadunidense com ritmos afro-brasileiros e teve um papel fundamental ao abrasileirar as orquestrações. Fez parte do grupo “Os Oito Batutas”, foi arranjador da gravadora RCA Victor e compôs melodias com arranjos sofisticados, como Carinhoso.
O segundo homenageado como patrono da MPB, Lupicínio Rodrigues, nasceu em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914. Ele inventou o estilo conhecido como “dor-de-cotovelo”, por conta das canções que versavam sobre desilusões amorosas transformadas em pura poesia.
Nos anos 40, as canções de Lupe já tinham ganhado as grandes vozes do rádio. Compôs também o hino do Grêmio em 53, time de futebol do qual era torcedor. Lupicínio Rodrigues compôs clássicos do samba-canção como “Nervos de Aço”, “Se acaso você chegasse” e “Vingança”.
1:57