17 de Setembro, 2025 18h09mSegurança por Rádio Agência Nacional

PF e CGU realizam operação contra crimes ambientais na mineração

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União realizam nesta quarta-feira uma operação contra uma suposta organização criminosa que seria responsável por crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Durante a execução da Operação Rejeito, a PF prendeu, preventivamente, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, e o ex-diretor da PF e atual diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Rodrigo de Melo Teixeira

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União realizam nesta quarta-feira uma operação contra uma suposta organização criminosa que seria responsável por crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro em Minas Gerais.

Durante a execução da Operação Rejeito, a PF prendeu, preventivamente, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, e o ex-diretor da PF e atual diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Rodrigo de Melo Teixeira. Os agentes federais também cumprem outras 20 ordens de prisão temporária e 79 mandados de busca e apreensão.

Caio Trivellato é advogado especialista em direito ambiental e, desde maio de 2023, faz parte da diretoria da Agência Nacional de Mineração. Rodrigo Teixeira ingressou na PF em 1999 e assumiu vários cargos de liderança na instituição, inclusive na Superintendência em Minas Gerais e a Diretoria de Polícia Administrativa.

Todos os investigados na operação responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação de organização criminosa.

Segundo a Polícia Federal, os criminosos obtinham autorizações e licenças ambientais fraudulentas para explorar minério de ferro de forma irregular e em larga escala, inclusive em locais tombados e perto de áreas de preservação, o que aumenta o risco de desastres.

A investigação estima que o grupo teve um lucro de cerca de R$ 1,5 bilhão, além de um potencial de ganho de R$ 18 bilhões em projetos em andamento.

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A Justiça Federal de Minas Gerais determinou o bloqueio das contas dos envolvidos no valor de R$ 1,5 bilhão de reais, a suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas e o afastamento dos servidores públicos.

Em nota, a Agência Nacional de Mineração disse que tomou conhecimento da operação pela imprensa e que, até o momento, não houve comunicação oficial à Agência sobre eventuais medidas envolvendo servidores ou dirigentes. O órgão reforçou a colaboração com as autoridades, sempre que formalmente demandado.

O Serviço Geológico do Brasil informou que não se manifesta sobre processos em andamento relacionados aos colaboradores e está à disposição para colaborar com as autoridades competentes.

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