
Em meio ao julgamento da tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder da organização criminosa, a oposição no Congresso retoma a pressão para votação da anistia para os envolvidos na trama golpista.
Nesta quinta-feira (4), o presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que não há definição sobre a inclusão, na pauta do plenário, do projeto que anistia os acusados de golpe de Estado.
“Nós estamos muito tranquilos com relação à discussão dessa pauta, não há ainda nenhuma definição. Nós estamos sempre ouvindo o colégio de líderes nessas pautas, não tem ainda. O governador [Tarcísio Freitas] é um querido amigo, é do nosso partido. Nós temos dialogado sempre, não tem é nenhuma novidade com relação a isso. O governador [Freitas] tem um interesse que se paute a anistia, isso é público e nós estamos ouvindo a todos, como estamos ouvindo também os líderes que tem interesse e aqueles também que não tem interesse.”
Pedido de anistia de Bolsonaro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve essa semana em Brasília para pressionar pela anistia de Bolsonaro. Está prevista uma reunião entre o presidente da Câmara e o líder do PL, partido do ex-presidente, o deputado Sóstenes Cavalcante para a noite desta quinta-feira. Cavalcante quer votar o projeto da anistia na próxima semana.
O líder do PT, o deputado Lindbergh Farias, afirmou, nas redes sociais, que anistia é um verdadeiro atentado ao Estado de Direito e absolutamente inconstitucional. Farias é contra que a proposta seja colocada em pauta na Câmara.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defende limitar o perdão aos envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes em 8 janeiro de 2023, deixando de fora quem planejou, o que incluiria Bolsonaro, e quem financiou os atos golpistas.
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