09 de Abril, 2025 17h04mSaúde por Agência Brasil

Padilha vacina lideres indígenas para mostrar segurança do imunizante

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou, nesta quarta-feira (9), a maior mobilização indígena do país, o Acampamento Terra Livre (ATL)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou, nesta quarta-feira (9), a maior mobilização indígena do país, o Acampamento Terra Livre (ATL). Para sensibilizar os povos indígenas sobre a importância da vacinação e a segurança dos imunizantes, Padilha, que é médico, vacinou contra a gripe um grupo de lideranças indígenas e também integrantes do governo federal.

A imunização dos povos indígenas faz parte da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza – infecção aguda do sistema respiratório causada pelo vírus influenza. A campanha começou nesta segunda-feira (7) em todas as unidades federativas das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Na Região Norte, a ação terá início no segundo semestre, quando começa o inverno amazônico.

Alexandre Padilha aplicou a vacina contra a gripe em lideranças indígenas no Acampamento Terra Livre para mostrar segurança do imunizante- Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Público-alvo

A campanha também contempla pessoas com deficiência permanente e com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade e a população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (com idade entre 12 e 21 anos).

Padilha aplica a vacina contra a gripe em Joenia Wapichana durante a plenária de saúde indígena no Acampamento Terra Livre Foto - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Para Padilha, as fake news são grande desafio da campanha de vacinação - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

“Aproveitamos o Acampamento Terra Livre para dar visibilidade para esse ato”, disse o ministro a jornalistas, logo após imunizar a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana; o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba; a deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG); e Alberto Terena, um dos coordenadores executivos da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), entidade que há 20 anos organiza o acampamento, e outras lideranças do movimento.

“Hoje, vacinamos, aqui, algumas lideranças tradicionais, mas indígenas de todos os grupos etários devem ser vacinados”, enfatizou Padilha, ao destacar a importância da imunização. “Proteger a vida dos povos indígenas é proteger a diversidade [...] E a vacina é uma das primeiras medidas de proteção. Por isso o Ministério da Saúde garante vacinas para os povos indígenas, para todos os distritos sanitários especiais indígenas, em todo o país”, ressaltou o ministro.

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Padilha ainda assegurou que, além da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, o ministério dará início, ainda em abril, ao Mês da Vacinação dos Povos Indígenas, intensificando a aplicação dos imunizantes que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação em todos os territórios indígenas, incluindo aqueles de difícil acesso geográfico. A previsão é que a ação comece no dia 25 de abril, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

“Vamos fazer essa grande campanha de vacinação”, assegurou o ministro, reconhecendo dois “grandes desafios” para a iniciativa.

“Infelizmente, as mentiras, as fake news, o negacionismo, também chegaram até os povos indígenas e a vários profissionais de saúde; levados por pessoas que não têm nenhum interesse em proteger a vida dos indígenas. Então, o primeiro grande desafio para vacinarmos os povos indígenas é enfrentarmos esse negacionismo.”

De acordo com o ministro, outro desafio é a logística. "O Ministério faz uma verdadeira operação, envolvendo helicópteros, aeronaves, cadeia de frio móvel, energia solar, profissionais de saúde espalhados por todas as terras indígenas do país”, finalizou o ministro, garantindo que, hoje, “todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas [Dseis] têm médicos” para atender às comunidades e garantir a efetividade das campanhas públicas de saúde.

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