12 de Novembro, 2025 20h11mPolítica por Rádio Agência Nacional

Ministra Gleisi Hoffmann critica relatório do projeto antifacção

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira o relatório do projeto de lei antifacção apresentado pelo relator, o deputado federal Guilherme Derrite. Segundo a ministra, que estava acompanhada do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a nova proposta modifica 4 pontos do projeto considerados “estruturantes” pelo governo. Gleisi afirmou que as mudanças no projeto do governo enfraquecem o combate ao crime organizado

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira o relatório do projeto de lei antifacção apresentado pelo relator, o deputado federal Guilherme Derrite.

Segundo a ministra, que estava acompanhada do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a nova proposta modifica 4 pontos do  projeto considerados “estruturantes” pelo governo. Gleisi afirmou que as mudanças no projeto do governo enfraquecem o combate ao crime organizado.

“A primeira referente é o tipo penal. Nós queremos um tipo penal de facção criminosa, que é para diferenciar de organização criminosa. A facção criminosa é uma organização mais elaborada, tem domínio territorial, tem domínio econômico, tem atuação interestadual, transnacional. Então, criamos o tipo de facção exatamente para fazer essa diferenciação.”

Gleisi Hoffman também destacou a mudança do nome do tipo penal  "facção criminosa" para “domínio social estruturante”, que, segundo ela, é um termo ruim do ponto de vista didático e de difícil explicação. 

Outra crítica foi em relação à retirada do texto da possibilidade de "perdimento extraordinário de bens", que tinha como objetivo asfixiar financeiramente as facções criminosas.

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“Nós colocamos no projeto que essas facções perdem os seus bens, perdem todo o seu material a partir do momento que começa a investigação. No relatório isso só vai acontecer depois do trânsito em julgado da sentença condenatória. Então até lá você corre o risco de não ter como capturar esses bens, não ter como asfixiar financeiramente a organização”.

Em nota, o Ministério da Justiça confirmou a informação da ministra Gleisi Hoffmann de que foram identificados diversos pontos que representam retrocessos jurídicos e institucionais inaceitáveis. Entre eles, a insistência em descapitalizar a Polícia Federal, mediante a repartição dos fundos federais de segurança pública para fundos estaduais.

Tanto a ministra Gleisi Hoffmann quanto o comunicado do Ministério da Justiça sinalizaram que esse debate não pode ser feito de forma apressada. E esperam um novo adiamento da votação. O PL Antifacção foi enviado ao Congresso pelo governo no final de outubro. 

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