Lula diz ser a favor de revisão do IOF; decisão deve sair hoje

Em meio ao impasse sobre reajuste no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Lula quer definir uma substituição ao aumento ainda nesta terça-feira (3). O encontro com membros do governo e com parlamentares do Senado e da Câmara ocorre no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.  

“Vai ter um almoço na minha casa pra gente saber se o acordo está feito ou não, para anunciar o que vai fazer, a compensação para colocar as nossas contas fiscais em ordem. Eu sou favorável que, antes da gente mandar qualquer medida para o Congresso Nacional, temos que reunir as pessoas que são parceiras nisso. O presidente do Senado, da Câmara, os líderes dos partidos, que têm influência nas decisões. Então, por que não discutir com eles?”

A declaração desta terça foi no Palácio do Planalto, onde Lula recebeu jornalistas para uma entrevista coletiva. De acordo com o presidente, o Ministro da Fazenda, Fenando Haddad, está aberto a negociar outras saídas para compensar a perda de arrecadação causada pela desoneração da folha de pagamentos, aprovada no Congresso Nacional.  

“O Ministério da Fazenda está tentando fazer um reparo do não cumprimento de uma decisão da Suprema Corte pelos companheiros senadores, que, quando aprovaram a desoneração, sabiam que tinha uma decisão da Suprema Corte que era obrigado fazer a compensação. E ficaram de fazer a compensação. O Haddad, no afã de dar uma resposta à sociedade, apresentou uma proposta que ele elaborou na Fazenda. Se houve uma reação, que tem outras possibilidades, nós estamos discutindo essas outras possibilidades”.

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As medidas a serem apresentadas pelo governo serão debatidas com parlamentares e, sendo definidas em acordo com Lula, podem ser anunciadas ainda nesta terça.

Em 22 de maio, o governo federal editou o decreto que reajustava alíquotas do IOF como forma de ajudar a fechar as contas do governo e cumprir as metas fiscais de 2025. O governo concordou em negociar outras formas de deixar as contas no azul.