05 de Dezembro, 2025 12h12mMeio Ambiente por Rádio Agência Nacional

IBGE mostra que 60% de moradores de favelas vivem em ruas sem árvores

Dados do Censo de 2022 sobre favelas e comunidades urbanas, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, mostram que mais de 60% dos moradores dessas áreas vivem em trechos de vias sem árvores. Segundo a gerente da pesquisa, Letícia Gianela, na comparação entre as favelas e bairros estruturados, os percentuais das áreas urbanizadas não são grandes, mas dentro das comunidades, são menores ainda. Na análise realizada nas 20 maiores favelas em 2022, as mais populosas têm os menores percentuais da lista

Dados do Censo de 2022 sobre favelas e comunidades urbanas, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, mostram que mais de 60% dos moradores dessas áreas vivem em trechos de vias sem árvores. Segundo a gerente da pesquisa, Letícia Gianela, na comparação entre as favelas e bairros estruturados, os percentuais das áreas urbanizadas não são grandes, mas dentro das comunidades, são menores ainda.

Na análise realizada nas 20 maiores favelas em 2022, as mais populosas têm os menores percentuais da lista. Em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, por exemplo, apenas 3,5% dos moradores vivem perto de árvores. A exceção é Sol Nascente, em Brasília, com cerca de 70 mil habitantes e 70,7% das vias arborizadas.

Um outro ponto abordado na pesquisa revela que a infraestrutura urbana fora das favelas é ruim, mas dentro é ainda pior. O instituto considerou 10 itens como pontos de ônibus, bueiros, pavimentação, arborização e calçadas. Em 2022, o país tinha 19,2% da população em favelas e comunidades urbanas morando em vias acessíveis apenas por moto, bicicleta ou a pé. Isso representa 3,1 milhões de pessoas em trechos sem acesso para carros, caminhões, ônibus e veículos de transporte de carga. Fora dessas comunidades, essa condição atinge apenas 1,4% da população, segundo o estudo.

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Entre as 20 favelas mais populosas, Rocinha e Rio das Pedras, ambas no Rio de Janeiro, e Paraisópolis, em São Paulo, registraram os maiores percentuais de moradores vivendo em trechos de vias com capacidade máxima de circulação por moto, bicicleta ou pedestre. A pesquisa abrange 16,2 milhões de residentes em 12,3 mil favelas e comunidades urbanas, espalhadas por 656 municípios brasileiros.

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