16 de Setembro, 2025 13h09mMeio Ambiente por Rádio Agência Nacional

Recifes de coral do Brasil estão ameaçados por mudanças climáticas

Os recifes de coral do litoral brasileiro estão ameaçados pelos efeitos das mudanças climáticas. É o que alerta um estudo do Centro de Síntese de Mudanças Ambientais e Climáticas, projeto financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. De acordo com o estudo, o fenômeno do "branqueamento" dos corais está cada vez mais intenso. O branqueamento acontece por causa da expulsão das algas, em consequência do aquecimento marinho, aumento da acidez e diminuição do oxigênio nas águas

Os recifes de coral do litoral brasileiro estão ameaçados pelos efeitos das mudanças climáticas. É o que alerta um estudo do Centro de Síntese de Mudanças Ambientais e Climáticas, projeto financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com o estudo, o fenômeno do "branqueamento" dos corais está cada vez mais intenso. O branqueamento acontece por causa da expulsão das algas, em consequência do aquecimento marinho, aumento da acidez e diminuição do oxigênio nas águas. Sem as algas, os corais ficam fracos e podem morrer.

O problema é global. Em 2024, a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA registrou o 4º branqueamento em massa em menos de trinta anos. O atual já afetou 84% dos recifes do mundo, em dezenas de países. O Brasil é um deles. E a lista de danos para esse bioma marinho é imensa.

Os recifes brasileiros possuem uma fauna considerada "rara". Cerca da metade das espécies já foram extintas em outras partes do mundo. Eles também funcionam como barreiras naturais, contra tempestades e erosão costeira. 

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Ainda têm importância econômica. Os corais geram até R$ 167 bilhões para o Brasil, anualmente, por meio de serviços de proteção e turismo. Eles também são a principal fonte de segurança alimentar para parte da população costeira, incluindo um milhão de pescadores.

Para enfrentar o problema, o país tem buscado fortalecer políticas de cooperação internacional. Em 2023, foi criado o Departamento de Gestão Oceânica e Costeira, no Ministério do Meio Ambiente, e o país voltou a participar da Iniciativa Internacional dos Recifes de Coral. Neste ano, foi criada a primeira política pública específica para recifes de coral. Além disso, o BNDES tem um financiamento de R$ 90 milhões, para projetos de conservação.

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