
Crianças e adolescentes são o grupo mais impactado pelas mudanças climáticas. Essa é uma das conclusões apresentadas nesta terça-feira (15) no workshop on-line “Crianças e adolescentes no centro da cobertura climática”, voltado exclusivamente para jornalistas. O curso foi promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef.
Mariana Buoro, oficial de mudanças climáticas do Unicef, chamou atenção para a grande quantidade de crianças e adolescentes no Brasil expostos aos efeitos destas mudanças:
“No Brasil, hoje, 40 milhões de meninos e meninas estão expostos a mais de um risco climático ambiental. Isso é 60% das crianças brasileiras”.
A oficial de mudanças também explicou por que esse grupo é o mais vulnerável neste cenário:
“Esse público está em uma fase mais sensível de desenvolvimento, pelo estágio formativo mesmo. A formação dos pulmões ainda está em desenvolvimento, a formação cognitiva do cérebro. Tudo isso são sinais de vulnerabilidades muito específicas, de prejuízos potenciais específicos, de exposição à poluição e ao calor, por exemplo”.
A especialista deu alguns exemplos de malefícios que a poluição pode trazer para crianças e jovens:
“Diminui a expectativa de vida, afeta o desenvolvimento do cérebro, cria atrasos no desenvolvimento, problemas de comportamento”.
Ainda de acordo com a oficial do Unicef, a insegurança alimentar e o fechamento de escolas são outros graves riscos enfrentados pelas crianças e jovens diante das mudanças climáticas. Mais de um milhão de meninos e meninas no Brasil tiveram os estudos interrompidos em 2024 por alterações no clima.
© Reuters/Jayanta Dey Meio Ambiente Conclusões foram apresentadas em workshop promovido pelo Unicef Rio de Janeiro 15/04/2025 - 16:48 Fábio Cardoso / Rafael Guimarães Carolina Pessôa – Repórter da Rádio Nacional Unicef Mudanças Climáticas crianças e adolescentes terça-feira, 15 Abril, 2025 - 16:48 1:39