Parques nacionais de Brasília e da Chapada iniciam queimas prescritas

Os parques nacionais de Brasília e da Chapada dos Veadeiros iniciaram, nesta semana, as chamadas queimas prescritas, aproveitando o começo da temporada de prevenção a incêndios florestais no Distrito Federal e em Goiás.

Na Reserva Biológica da Contagem, que fica ao lado do Parque Nacional de Brasília, local da primeira queima, foram manejados cerca de 81,4 hectares, o equivalente a 80 campos de futebol. As atividades vão continuar acontecendo no decorrer deste mês.

No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, uma área do tamanho de 200 campos de futebol já foi manejada usando essa técnica. 

O chefe da Floresta Nacional de Brasília, Fábio dos Santos, explica que as queimas prescritas são incêndios controlados e que a atividade protege as unidades de conservação:

“É uma atividade que é prevista dentro de um plano de manejo de inteligência do fogo, no qual ela faz uso planejado, monitorado e controlado do fogo, sempre sob circunstâncias favoráveis, condições ambientais favoráveis, com base em estudo técnico, utilizando o fogo para trazer uma maior proteção para a unidade de conservação. Então, a gente não fala que é um incêndio, por isso que a gente fala que é uma queima prescrita”.

Fábio cita outra técnica, que usa o fogo de forma planejada e controlada, mas focando em áreas privadas usadas para agropecuária e agricultura:

“Essa queima controlada é a que a gente faz o uso, também de maneira planejada, monitorada e controlada do fogo, mas o objetivo dele são fins agrossilvipastoris. Então, é agricultura, pecuária. Ele é feito em propriedades privadas, mas sempre com esse mesmo cuidado para que essa queima não vire um incêndio. Também é feito em uma época do ano em que as condições são mais favoráveis pra gente controlar esse incêndio”.

As queimas são monitoradas por brigadistas, técnicos e jornalistas ambientais, com o apoio do Ibama, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, da Brigada Voluntária de São Jorge, da Rede Contra Fogo, da Brigada de Cavalcante e da ONG Cerrado de Pé.

*Com supervisão de Bianca Paiva