07 de Outubro, 2025 09h10mInternacional por Rádio Agência Nacional

Conflito na Faixa de Gaza completa dois anos com mais de 67 mil mortos

O conflito na Faixa de Gaza completa dois anos com mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos. Em 7 de outubro de 2023, o Hamas realizou um ataque em território israelense que matou 1.200 pessoas e sequestrou outras 250. A ação gerou uma forte resposta de Israel, que passou a bombardear e ocupar a Faixa de Gaza com as Forças Armadas. A desproporção da resposta israelense, que além das milhares de mortes, destruiu casas, hospitais e escolas, gerou revolta internacional

O conflito na Faixa de Gaza completa dois anos com mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos. Em 7 de outubro de 2023, o Hamas realizou um ataque em território israelense que matou 1.200 pessoas e sequestrou outras 250. A ação gerou uma forte resposta de Israel, que passou a bombardear e ocupar a Faixa de Gaza com as Forças Armadas. A desproporção da resposta israelense, que além das milhares de mortes, destruiu casas, hospitais e escolas, gerou revolta internacional. O termo genocídio começou a ser utilizado para se referir à situação em Gaza. Acusações são negadas por Israel.

Esse conflito específico tem dois anos, mas a situação persiste há muito mais tempo. Em 1993, os Acordos de Oslo já tinham esse objetivo, mas nada caminhou. Falta interesse de Israel na criação do Estado Palestino, avalia o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ricardo Leães.

"Isso é evidenciado por uma série de fatores e o próprio Netanyahu afirmou isso categoricamente. Mesmo em outros momentos, quando Israel pareceu concordar com a cessão de terras para os palestinos em troca de uma perspectiva de paz, ainda assim, não parece ter havido um comprometimento real. Então, enquanto esse cenário se mantiver, a tendência é que o conflito permaneça", diz.

Já são mais de 140 países que apoiam a criação do Estado Palestino, inclusive potências europeias. Mas os Estados Unidos barram a proposta na ONU. O movimento, no entanto, aumenta a pressão contra a posição americana, diz o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Roberto Menezes. "O Brasil reconhece desde 2009. Então, com agora a França reconhecendo, que também é membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Grã-Bretanha também, isso é muito importante para a causa palestina, sem dúvida alguma", afirma.

Ricardo Leães reconhece a importância do apoio internacional, mas isso não é suficiente para ele. Somente o Estado não garante a segurança do povo palestino. "O estado do Líbano existe, a Síria existe, o Iêmen existe, e mesmo assim são frequentemente bombardeados pelo Estado de Israel. Então, a situação é bastante complexa na região e eu não vejo por que acreditar que o Estado palestino hoje esteja mais próximo", aponta.

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Agora, um plano elaborado pelo presidente americano Donald Trump aparece como possibilidade para um desejado cessar-fogo. O professor Roberto Menezes, no entanto, afirma que o acordo é favorável para Israel e lembrou que o Trump já falou em fazer de Gaza um resort. Por isso, questiona qual o real compromisso dos Estados Unidos.

"O que é que ele está falando para valer? Vai apoiar a criação do Estado Palestino? Os palestinos vão ter direito de uma parte deles retornarem? Ou nós vamos ter que ainda assistir a mais, complacentemente, por mais décadas até que o palestino tenha o direito a um território soberano? Essa é uma questão que não está respondida no plano de Trump", indaga.

O plano prevê a libertação dos reféns israelenses em Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos por Israel. Também o desarmamento do Hamas e que nenhum membro do grupo poderá participar da governança de Gaza. E um grupo formado por lideranças estrangeiras comandaria um governo de transição.

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