25 de Junho, 2025 18h06mInternacional por Agência Brasil

Socorristas voluntários que trabalharam no resgate homenageiam Juliana

Em meio à comoção nacional em torno da morte da brasileira Juliana Marins, dois personagens se destacaram e estão recebendo agradecimentos pelos esforços empreendidos no resgate

Em meio à comoção nacional em torno da morte da brasileira Juliana Marins, dois personagens se destacaram e estão recebendo agradecimentos pelos esforços empreendidos no resgate. Os montanhistas conhecidos como Agam e Dwi Januanto Nugroho voluntariaram-se para auxiliar no resgate de Juliana e foram os responsáveis por liderar as buscas e içar o corpo da brasileira na madrugada desta quarta-feira (25).  

Hoje, eles postaram uma homenagem nas redes sociais à Juliana, com uma música indonésia sobre o vulcão.

A jovem fazia uma trilha na borda do vulcão quando caiu na cratera e deslizou por centenas de metros na manhã de sábado (21). O resgate demorou a chegar até o local da queda. Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), ela não foi resgatada a tempo por conta das condições meteorológicas, terreno complicado e problemas na logística das operações de resgate. Somente ontem (24),  a equipe conseguiu chegar até ela, mas a brasileira já havia morrido.  

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Uma publicação compartilhada por Dwi Januanto Nugroho (@dwijanuantonugroho)

Apesar das críticas à demora das autoridades locais e da administração do parque para socorrer e resgatar Juliana a tempo, o trabalho dos socorristas voluntários, que atuam como guias locais, tem sido exaltado por brasileiros nas redes sociais. Agam tem sido chamado de “herói” e recebido agradecimentos pela ação. Em seu perfil no Instagram, o alpinista contou que ele e a equipe passaram a noite ao lado do corpo de Juliana, à beira de um penhasco de mais de 590m, para conseguir resgatá-lo hoje.

Agam, montanhista indonésio voluntário que participou do resgate do corpo de Juliana Marins. Foto: Agam_rinjani/Instagram

Milhares de brasileiros participaram das lives de Agam para acompanhar o trabalho em cima do Monte Rinjani e inundaram as postagens do indonésio com mensagens emocionadas. Há inclusive um movimento para que ele e equipe de socorro recebam apoio financeiro por meio de doações de brasileiros interessados em ajudar.  

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A família de Juliana também publicou no fim da tarde de hoje um agradecimento aos voluntários que "com coragem" se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate fosse agilizado e que o gesto "jamais será esquecido". "Sabemos das condições extremamente adversas e dos grandes riscos que vocês enfrentaram. Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pode finalmente chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida", afirma a postagem em rede social. 

Mapa do Monte Rijani, em Lombok, na Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins foi encontrada morta - Arte/ EBC

Despedida  

Além de ser reconhecido por sua beleza natural, para as comunidades locais o Monte Rinjani carrega um simbolismo espiritual, representando uma morada para espíritos ancestrais. O texto postado hoje por Agam no Instagram fala ainda que a escalada do monte transforma a perspectiva de vida de muitas pessoas.

“A escalada, além de ser um esforço pessoal para vencer a si mesmo, também leva muitos a perceberem o quão pequena é a existência individual diante do Universo. As histórias de escaladas em Rinjani frequentemente fortalecem o sentido da vida dentro do curto intervalo de tempo que temos neste mundo”, afirmou o montanhista.  

Mapa do Monte Rijani, em Lombok, na Indonésia - Arte/ EBC

* texto atualizado às 18h39 para incluir nota divulgada pela família de Juliana Marins

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