17 de Novembro, 2025 21h11mGeral por Agência Brasil

PM entra armada em escola em SP após queixa de pai de desenho de orixá

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está apurando o caso em que policiais militares foram até uma escola, armados, após um pai ter acionado a polícia depois de a filha ter feito um desenho de orixá

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está apurando o caso em que policiais militares foram até uma escola, armados, após um pai ter acionado a polícia depois de a filha ter feito um desenho de orixá. 

Quatro policiais militares entraram, portando armas, na Emei Antônio Bento (Butantã), depois de terem recebido a ligação do pai. O caso ocorreu na tarde da última quarta-feira (12). O pai teria dito que a filha estaria sendo obrigada a ter aula de religião africana. 

Os policiais permaneceram na escola por mais de uma hora e foram embora por volta das 17h10 junto com o pai da aluna.

Em nota, a diretora Aline Aparecida Nogueira informou que a escola “não trabalha com doutrina religiosa" e que o "trabalho centrado a partir do currículo antirracista”. Ela disse ainda ter sido “coagida e interpelada pela equipe por aproximadamente 20 minutos”. 

O caso provocou revolta nas famílias que têm filhos na unidade escolar. Eles se dispuseram a prestar depoimento sobre o ocorrido.

Publicidade

Repercussão

Em nota à Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a “Polícia Militar instaurou apuração sobre a conduta da equipe que atendeu à ocorrência, inclusive com a análise das imagens das câmeras corporais”. Segundo o órgão, a professora da unidade de ensino registrou boletim de ocorrência contra o pai da estudante “por ameaça”.

A Secretaria Municipal de Educação também se manifestou sobre o caso e escreveu que “o pai recebeu esclarecimento que o trabalho apresentado por sua filha integra uma produção coletiva do grupo” e que a atividade “faz parte de propostas pedagógicas da escola, que tornam obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena dentro do Currículo da Cidade de São Paulo”.

O Sindicato dos Profissionais de Educação manifestou apoio aos responsáveis pela Emei Antonio Bento e afirma que a entrada dos policiais na unidade “gerou constrangimento, intimidação e profundo abalo emocional na equipe escolar”. O sindicato ainda informou que a atividade desenvolvida tem respaldo pedagógico e que “repudia qualquer violação à autonomia pedagógica, qualquer forma de intimidação aos profissionais da educação e qualquer situação que coloque em risco a segurança física e emocional de educadores e estudantes”. A entidade pede a apuração dos fatos.

A deputada federal Luciene Cavalcanti e o deputado estadual Carlos Giannazi, ambos do PSOL, acionaram o Ministério da Igualdade Racial para que acompanhe o caso.

Publicidade

Notícias relacionadas

Uma pessoa morre após desabamento de teto de restaurante em SP

Uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas após o desabamento do teto do restaurante Jamile, na região central da capital paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco vítimas foram socorridas

08 de Outubro, 2025

Após falha, Linha 4-Amarela do Metrô de SP volta a funcionar

A concessionária ViaQuatro, que opera a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, informou que a falha que causou transtorno à população na manhã desta terça-feira (21) foi solucionada às 11h30

21 de Outubro, 2025

Ventos fortes em SP derrubam cobertura de arena e deixam 8 feridos

Os fortes ventos que atingem o estado de São Paulo neste final de semana causaram a queda da cobertura de uma quadra de beach tennis em Ribeirão Preto e desabamento em Santos

19 de Outubro, 2025