
O governo do Azerbaijão vai oferecer bolsas de estudos a estudantes brasileiros para diferentes campos de pesquisa, da graduação ao mestrado. A informação foi adiantada pelo vice-ministro de relações exteriores, Elnur Mammadov, à Agência Brasil. A parceria no campo da educação foi formalizada, na segunda (1º), em encontro com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira.
“Isso é uma nova página em nossa cooperação entre os dois países”, disse a autoridade diplomática do país localizado entre a Europa e a Ásia.
O vice-ministro explicou que o país tem gerado mais de 100 oportunidades por ano nas universidades locais a estudantes de diferentes nacionalidades.
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Aprofundamento de relações
Segundo Mammadov, o objetivo dos dois países é aprofundar e estreitar as relações no campo da pesquisa. Ele ressaltou que o Azerbaijão tem interesse especial nos trabalhos que são desenvolvidos, por exemplo, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), particularmente no desenvolvimento da agricultura sustentável.
No campo comercial, o Azerbaijão é fornecedor de fertilizantes para os produtores rurais brasileiros. Em contato com o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e com o chanceler, Mauro Vieira, nesta semana, Mammadov enfatizou o interesse no aprofundamento das relações comerciais.
Uma das questões importantes discutidas foi a de estabelecer uma plataforma econômica para os dois países. “As relações também podem ser estreitadas e ampliadas. Outra coisa importante é que estamos comprando muito açúcar do Brasil. Se você olhar as estatísticas, a comercialização deste ano dobrou em relação ao ano passado".
De Baku a Belém
Os laços entre Brasil e Azerbaijão também se consolidaram nos contatos estabelecidos com os responsáveis pela última Conferência do Clima, a COP29, que ocorreu na capital do país, a cidade de Baku. Neste ano, a COP30 será no Brasil, em Belém (PA).
As nações concordam com as responsabilidades dos países desenvolvidos no enfrentamento às mudanças do clima. “É claro que os países possuem opiniões diferentes, especialmente com relação ao financiamento das mudanças climáticas”.