
O Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), do Rio de Janeiro, fez uma programação neste sábado (10) dedicada aos 100 anos da visita do físico Albert Einstein à instituição. Apesar de ter sido inaugurado há quatro décadas, o Mast divide espaço com o Observatório Nacional, instituição científica com quase 200 anos, e que foi um dos locais que Einstein visitou durante sua única incursão pelo Brasil.
A educadora museal Camila Oliveira ficou a cargo de guiar o público na visita que apresentou o acervo do museu, e também explicou como a teoria da relatividade foi comprovada a partir de um experimento realizado durante um eclipse em 1919, na cidade de Sobral, no Ceará, com a participação de pesquisadores do Observatório. A visita também destacou os lugares por onde Einstein passou em sua visita ao local há cem anos, e quais equipamentos ele conheceu.
Público conhece as motivações e os desdobramentos da visita de Albert Einstein ao Brasil em maio de 1925. Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilOs visitantes puderam contemplar a grande estrela do sistema solar, com o auxílio de alguns equipamentos, e participar de um experimento com luzes, que explica o conceito da teoria da relatividade comprovado pelo experimento em Sobral.
"A gente tenta aproximar esse olhar do público com a astronomia atual e também com as pesquisas que foram desenvolvidas anteriormente pelo nosso Observatório Nacional. Sempre trazendo essa linguagem de divulgação científica, de popularização da ciência, para que o público veja que não é nenhum bicho de sete cabeças", destaca a educadora museal.
O físico do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Bernado Nassaud explica para adolescentes elementos da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilUm dos visitantes foi o bancário Bruno Oliveira e Silva, que ouviu atentamente todas as explicações, junto com as duas filhas adolescentes.
"Eu sempre tive interesse pela ciência de um modo geral e eu quis incutir nelas esse gosto também pelas ciências e pelo conhecimento. E eu acho que essa forma didática e mais visual é importante para que elas consigam dominar melhor os assuntos que às vezes parecem muito abstratos. A oportunidade de visualizar os fenômenos eu acho que é uma forma que desperta o interesse", declarou Bruno.