11 de Outubro, 2025 17h10mEconomia por Agência Brasil

Batalha de startups distribui R$ 200 mil em festival de inovação

Subir ao palco, pegar o microfone e vender em três minutos uma solução tecnológica para algum problema produtivo do país. Em jogo, dez prêmios de R$ 20 mil para o empurrão inicial do negócio

Subir ao palco, pegar o microfone e vender em três minutos uma solução tecnológica para algum problema produtivo do país. Em jogo, dez prêmios de R$ 20 mil para o empurrão inicial do negócio.

Foi com esse desafio que chegou ao último dia, neste sábado (11), a primeira edição do Curicaca, festival sobre tecnologia e sustentabilidade na indústria promovido em Brasília pelo governo federal com a participação de diversas entidades ligadas à indústria nacional.

Ao todo, 40 projetos se inscreveram para o Desafio Nacional de Inovação, concebido para ocorrer como uma “batalha de startups”, formato já bem conhecido por jovens empreendedores que viajam pelo país em busca de financiamento para ideias originais.

Antônio Silveira participa do Festival Curicaca. Foto: José Cruz/Agência Brasil

“Para o nosso projeto esse tipo de rodada de pitching é muito comum”, conta Antônio Silveira, de 19 anos, um dos mais jovens integrantes de um projeto de extensão na Faculdade Tecnológica de Pompéia Shunji Nishimura, no interior de São Paulo, que se transformou em startup.

O grupo, hoje com 12 alunos integrantes, desenvolveu o projeto Vigilância Agrícola e Resposta Digital, integrando antigas técnicas de captura de pragas com análises de inteligência artificial que permitem otimizar a colocação das armadilhas de combate a bichos como os tripes, pequenos insetos que prejudicam a cultura do algodão e outras.

A ideia conta com financiamento inicial da própria faculdade e venceu recentemente uma outra “batalha”, dessa vez por R$ 15 mil, no Desafio de Inovação Holambra Cooperativa, uma das mais tradicionais disputas de soluções tecnológicas para a agroindústria.

“Esse primeiro suporte financeiro ajuda muito, a gente precisa. Hoje a gente tem um protótipo, mas queremos transformar em um produto comercializável, perseguindo também a patente tecnológica”, observou Silveira.

Curicaca

Realizado entre os dias 7 e 11 de outubro no Estádio Mané Garrincha (Arena BRB), com entrada gratuita, o Festival Curicaca foi criado neste ano pela ABDI com inspiração em grandes conferências de tecnologia internacionais que unem promoção da inovação, discussões acadêmicas, debates sobre desafios das indústrias, questões ambientais e programação cultural.

Foram quatro palcos que em cinco dias de evento receberam discussões sobre tecnologia, inovação e sustentabilidade para a indústria e o desenvolvimento.

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Os debates foram divididos em dez “trilhas do conhecimento”:

Energia renovável e sustentabilidade energética; Inovação em saúde e biotecnologia; Transformação digital e Indústria 4.0; Segurança e defesa tecnológica; Indústria verde e economia circular; Agroindústria sustentável e agricultura familiar; Inovação social e desenvolvimento regional; Políticas e regulação; Infraestrutura sustentável e mobilidade verde; Tecnologia criativa e inclusão digital. Festival Curicaca foi realizado em Brasília Foto: José Cruz/Agência Brasil

Neste sábado (11), por exemplo, foram discutidos os temas “mulheres nas deep techs brasileiras”, sobre a presença feminina na ciência e inovação, e “narrativas que constroem ou desmontam: como a desinformação impacta a indústria e o que fazer diante das fake news?”.

À noite, o evento será encerrado com o show de Jorge Aragão, em palco montado no próprio Mané Garrincha. Em outros pontos de Brasília ocorrem outras apresentações musicais, com artistas como Dj Marky e bandas como Dead Fish.

O festival é uma das iniciativas previstas no programa Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial de longo prazo lançada pelo governo em 2024 e que prevê um investimento total de R$ 300 bilhões até 2026.  

O presidente da ABDI, Ricardo Capelli, descreveu o Festival Curicaca como um “esforço de aproximar indústria, inovação, universidades e institutos federais, para fortalecer e discutir a indústria do futuro, que não é mais feita de chaminé e fumaça, mas de inovação, biotecnologia e sustentabilidade”.

Além de investimento estatal direto, o evento foi em parte custeado pela Petrobras, por meio da Lei Rouanet, de incentivo à cultura.

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