14 de Agosto, 2025 10h08mEconomia por Agência Brasil

Setor de serviços cresce 0,3% em junho e atinge patamar recorde

O setor de serviços, o que mais emprega na economia e concentra atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação, cresceu 0,3% na passagem de maio para junho

O setor de serviços, o que mais emprega na economia e concentra atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação, cresceu 0,3% na passagem de maio para junho. Esse desempenho é o quinto mês seguido de expansão e faz o setor atingir o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recorde anterior era de outubro de 2024 e maio deste ano. Os cinco meses consecutivos de alta deram ao setor um salto de 2%.

Destaque para transportes

Apesar do número recorde, das cinco grandes atividades pesquisadas pelo IBGE, apenas uma ─ serviços de transportes ─ apresentou número positivo na passagem de maio para junho.

Confira os desempenhos:

- Serviços prestados às famílias: -1,4%

- Serviços de informação e comunicação: -0,2%

- Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,1%

- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: +1,5%

- Outros serviços: -1,3%

O analista do IBGE, Rodrigo Lobo, detalha que das cinco atividades, a de transportes é a que tem maior peso (36,4%) na pesquisa, o que explica o fato de apenas um grande setor positivo conseguir fazer com que todo o setor de serviços tenha tido crescimento em junho.

Dentro dos transportes, os destaques foram o aéreo de passageiros e o de cargas, notadamente o rodoviário.

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“É o principal modal pelo qual se deslocam as mercadorias, como a safra, mas também bens industriais. É uma atividade intimamente correlacionada com maior dinamismo da economia”, analisa.  

Índice de atividades turísticas

A Pesquisa Mensal de Serviços traz ainda o índice de atividades turísticas (Iatur), que recuou 0,9% em junho, na comparação com maio. É o segundo resultado negativo consecutivo. Somando maio e junho, há perda acumulada de 1,3%. Já em comparação com o mesmo mês de 2024, junho de 2025 aponta expansão de 4,1%.

Esses resultados deixam as atividades de turismo 11,6% acima do patamar pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020) e 1,8% abaixo do maior nível já alcançado, em dezembro de 2024.

O Iatur reúne 22 das 166 atividades de serviços investigadas na pesquisa e que são correlatas à atividade turística, como hotéis, agências de viagens e transporte aéreo de passageiros.

São divulgadas informações de 17 unidades da federação: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Alagoas e Rio Grande do Norte.

Conjunto da economia

A Pesquisa Mensal de Serviços é a terceira de três levantamentos conjunturais divulgados mês a mês pelo IBGE. Nos últimos dias, o instituto revelou que a produção da indústria brasileira cresceu 0,1% em junho ante maio; e o comércio recuou 0,1% no mesmo intervalo de comparação.

Nos desempenhos acumulados em 12 meses, a indústria cresceu 2,4%. O comércio apresentou expansão de 2,7%.

Matéria ampliada às 11h22 para incluir intertítulo sobre Índice de atividades turísticas

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