11 de Junho, 2025 16h06mEconomia por Rádio Agência Nacional

Haddad diz que é preciso lidar com problema da distribuição de renda

Baixar Tocar Em tom de diálogo e disposto a conversar. Foi assim que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou à Câmara para explicar aos deputados as medidas que estão sendo tomadas. Haddad deixou claro: com o salário mínimo subindo acima da inflação, empregos aumentando e a fome reduzindo, o Brasil está pronto para entrar no ciclo virtuoso. Mas antes, precisa lidar com o que chamou de “problema dramático”: a distribuição de renda

Em tom de diálogo e disposto a conversar. Foi assim que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou à Câmara para explicar aos deputados as medidas que estão sendo tomadas. Haddad deixou claro: com o salário mínimo subindo acima da inflação, empregos aumentando e a fome reduzindo, o Brasil está pronto para entrar no ciclo virtuoso. Mas antes, precisa lidar com o que chamou de “problema dramático”: a distribuição de renda.

“Porque eu costumo dizer que o morador da cobertura não paga condomínio e o zelador tá pagando condomínio do mesmo prédio. Como é que você cobra do zelador, que às vezes mora ali no prédio e não de quem mora na cobertura? Essa é a verdade sobre o Brasil”.  

É uma questão de corrigir distorções e não de aumentar impostos, ressalta o ministro. É o que prevê a proposta que isenta do pagamento de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, mas cria uma alíquota gradual para quem recebe acima de R$ 600 mil por ano.

“Nós não temos pretensão de sermos donos da verdade, não temos nenhuma falta de humildade em relação a temas complexos. Mas até o presente momento eu não consegui enxergar uma proposta que fosse melhor que essa. Porque o dia que chegar na nossa mesa uma proposta melhor, nós vamos encampar”.

O ministro falou também sobre a reunião do IOF no último domingo na residência oficial da Câmara. Reunião que durou mais de cinco horas e serviu para apresentar as medidas compensatórias ao decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras e que o Congresso ameaça derrubar. O ministro fez referência ao presidente da Casa, Hugo Motta.

“Vejo nele uma pessoa imbuída da melhor iniciativa, da melhor intenção de ajudar o Brasil. Não está preocupado com questões menores, tá alçando o debate público ao patamar que ele merece estar. Grandeza, projeto, futuro”.

Mas, enquanto o ministro estava na Câmara, o presidente da Casa participava de um evento onde falou sobre responsabilidade fiscal e, mais uma vez, deixou bem claro que essas medidas compensatórias do IOF vão ter resistência no Congresso.

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Durante a reunião, a oposição chegou a confrontar o ministro. Caso do deputado Nikolas Ferreira. Que interpelou Haddad e deixou a comissão.

“Por exemplo, quando você disse que o aumento do IOF e as coisas que mexem com o mercado financeiro apenas afetam moradores de cobertura, como se as pessoas de classe média não conseguissem ter acesso a investimentos e como se o aumento geral das coisas não impactasse os preços”.

Mesmo com a ausência de Nikolas, o ministro respondeu:

“Agora, esse tipo de atitude, de alguém que quer aparecer na rede falando sério e corre, sempre que o embate vai acontecer... tô perdendo aqui um minuto pra esse desabafo, porque é um pouco de molecagem, sabe? Isso não é bom pra democracia”.

Após o embate, a reunião foi encerrada.

© Lula Marques/Agência Brasil Economia Brasília 11/06/2025 - 16:55 Priscilla Mazenotti - repórter da Rádio Nacional economia IOF isenção imposto de renda Distribuição de Renda quarta-feira, 11 Junho, 2025 - 16:55 3:08

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